Fazer musculação, para muitas pessoas, é buscar por um corpo com músculos definidos e para emagrecer. Entretanto, os benefícios da musculação vão muito além disto. Quando esta modalidade é praticada de forma correta, ela vai proporcionar saúde, dar força aos músculos, prevenir doenças e gerar bem-estar para todo o corpo.

De acordo com o profissional de educação física e personal trainer Igor Mendes Rechia, a musculação pode ser realizada tanto através de treino com pesos e equipamentos quanto por movimentos que alonguem e ativem músculos que não estão realizando a sua função correta no corpo. Ainda, por trabalhos metabólicos que estimulem o corpo a sair da sua zona de conforto.

O profissional acrescenta que a musculação pode ser praticada por várias faixas etárias, desde a infância até a terceira idade, e também por gestantes e pessoas que apresentem alguma doença pré-existente e limitação, como diabetes, hipertensão e cadeirantes. Para que todos tenham um bom resultado e venham a promover mais qualidade de vida, é necessário desenvolver atividades personalizadas, respeitando as suas restrições e individualidades.

Conheça os benefícios da musculação em cada fase da vida

Igor explica que estudos recentes mostraram que em crianças atividades de baixa intensidade ajudam no desenvolvimento motor, cognitivo e estimulam o crescimento do corpo.

Na terceira idade, é fundamental a prática de exercícios físicos de força para aumentar a longevidade. A perda de calcificação óssea é comum em pessoas acima de 60 anos. Por isso, quanto mais fortalecidos estão os músculos, menor vai ser o uso dos ossos como alavanca de força, e menor risco de lesões por atividades do dia a dia. Além disso, promove outros benefícios, como melhora do sono e na capacidade do corpo de absorver nutrientes, dá mais disposição e ajuda na execução de tarefas diárias sem sentir dores articulares.

No caso de gestantes não é diferente. Atividades de média e baixa intensidade garantem uma gestação mais segura e auxiliam desde as primeiras semanas, até a recuperação pós-parto. O profissional de educação física esclarece que é um mito dizer que fazer atividades nas primeiras semanas de gestação podem desencadear o abordo. “Esta condição, geralmente, é pré-estabelecida pela individualidade genética da mulher e por ouros fatores, como alimentação, estresse ou tabagismo. O exercício, quando bem orientado, auxilia o corpo nessa nova e temporal transformação. A musculação só deve ser restringida por orientação médica, quando se identifica risco à gestante ou ao bebê”, diz

Saiba como deve ser a intensidade do treinamento

É importante destacar que o início da prática da musculação precisa começar com exercícios de baixa intensidade e avaliar periodicamente os batimentos, pressão e percepção de dor e cansaço, avançando progressivamente os estímulos.

No começo é um pouco mais difícil, por isso, a determinação inicial é fundamental, sendo que a aceitação do corpo a novos estímulos de estresse pode levar de dois a três meses.

Na musculação, depois de alguns meses de treinamento, é necessário fazer algumas alterações nos exercícios. Entretanto, o aluno não precisa mudar todo o treino, mas os estímulos aplicados com o objetivo de melhorar os resultados. Outro fator que é necessário ter atenção é o volume de treino, que pode ser medido pelo número de séries semanais, peso total ou intensidade pelo esforço cardiorrespiratório. O correto é que essas mudanças sejam sempre feitas por um profissional, pois qualquer alteração que se faça pode resultar em compensações ósseas e articulares, levando a desenvolver sérias lesões. Igor diz que não existe fórmula pronta e que os profissionais de educação física são os responsáveis em ajudar a promover a saúde do aluno. Devem sempre analisar cada pessoa de forma individual e avaliar semanalmente os treinos em conjunto, para que as adaptações fisiológicas continuem acontecendo de forma progressiva.