Ter um estilo de vida saudável requer disciplina e conhecimento sobre o que consumir em cada fase da vida. Entre os benefícios de uma alimentação correta, está o aprimoramento dos rendimentos físicos, além de potencializar o desenvolvimento das crianças e adolescentes e conservar a saúde do adulto e idoso. Quando não realizada de forma adequada, pode surgir a obesidade.

De acordo com a nutricionista Alice Cunha, a obesidade é uma doença crônica, conhecida pelo acúmulo excessivo de gordura, gerando problemas de saúde que podem se desenvolver por fatores hormonais, inflamatórios, medicamentosos, genéticos e hábitos alimentares errados, ou seja, excesso de gorduras e calorias.

O cuidado com a alimentação deve iniciar na infância e os hábitos alimentares dos pais serão determinantes na formação das escolhas nutricionais das crianças. Não deve existir a proibição de alimentos, mas o consumo de guloseimas precisa ser controlado e jamais utilizado como forma de recompensa ou castigo. Quando não houver essa preocupação por parte dos responsáveis, o excesso de peso pode levar a desencadear doenças, como: hipercolesterolemia, diminuição do hormônio do crescimento e distúrbios respiratórios.

Alice explica que, como é uma fase onde se aprende novos hábitos e sabores, fica mais fácil de intervir, mesmo com a influência da mídia, em relação aos “fast-food” e alimentos industrializados.

Na fase de transição da puberdade e adolescência, o corpo passa por transformação hormonal e é muito comum os jovens sentirem muita fome e exagerarem na alimentação diária. Contudo, mesmo estando em fase de desenvolvimento, esse desequilíbrio precisa de limites. As refeições devem continuar variadas, compostas por frutas, verduras, legumes, além de alimentos básicos, como arroz e o feijão.

Segundo a nutricionista, quando o adolescente está obeso, o caminho para conquistar a saúde começa através da conscientização sobre as consequências do excesso de peso para a vida atual e adulta.

Agora, quando a obesidade acontece na fase adulta, é mais fácil de aceitar a necessidade de novos hábitos alimentares, porém, o erro está na busca por resultados milagrosos. Este comportamento pode desencadear transtornos nutricionais e, consequentemente, alterações hormonais, além do “efeito sanfona” (perda e recuperação de peso).

Na terceira idade, a estrutura corporal já sofreu alterações ao longo dos anos, como as hormonais, desgaste ósseo, enfraquecimento das células e a perda de força dos músculos. Por isso, nada melhor do que sempre assegurar um fortalecimento por bons hábitos alimentares e atividade física, evitando a obesidade e aumentando, assim, as chances da sobrevida.

Alice explica que para reverter o quadro de obesidade em todas as fases da vida é necessário um tratamento nutricional personalizado e em alguns casos junto ao endocrinologista.

Muitas pessoas têm dúvidas sobre ficar escravo de dietas para se manter magro e saudável, mas o que precisam aceitar é um novo estilo de vida e para isso é preciso visitar o nutricionista durante a fase do emagrecimento e na mudança do ciclo da vida (infância, adolescência, adulta e terceira idade).