Um recurso que auxilia no fortalecimento do corpo, na recuperação pós-parto e na melhora da qualidade de vida da mulher.
Você já ouviu falar em fisioterapia pélvica? Apesar de ainda ser pouco conhecida, essa área da fisioterapia tem ajudado muitas mulheres a cuidarem melhor da saúde íntima, especialmente durante a gravidez e após o parto.
Quem explica é a fisioterapeuta pélvica Marieli Graciano, especialista em sexualidade humana e com mais de 20 anos de experiência. Gaúcha, formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Marieli já trabalhou em diferentes regiões do Brasil e hoje atende em Criciúma e Tubarão–SC, oferecendo reabilitação íntima para mulheres em várias fases da vida.
O que é a fisioterapia pélvica?
De forma simples, é um conjunto de técnicas e exercícios voltados para fortalecer e melhorar a função dos músculos do assoalho pélvico — a região responsável por sustentar os órgãos, segurar a gestação, controlar a bexiga, o intestino e também ligada à sexualidade.
Segundo a especialista, o tratamento ajuda em três pontos principais:
• função urinária (prevenindo e tratando escapes de urina);
• função evacuatória (facilitando o funcionamento do intestino);
• função sexual (melhorando dores, desconfortos e até a libido).
Durante a gestação, o ideal é começar a fisioterapia pélvica a partir da 13ª ou 14ª semana de gravidez, após os primeiros exames que garantem a saúde do bebê.
Com o crescimento da barriga, é comum que a mulher sinta dores na lombar, desconforto no quadril e até escapes de urina.
O trabalho fisioterapêutico ajuda a aliviar dores, melhorar a postura, reduzir sobrecargas e preparar o corpo para o parto. Além disso, os exercícios fortalecem e dão elasticidade aos músculos da região íntima, diminuindo as chances de lacerações no parto normal e favorecendo uma recuperação mais tranquila depois do nascimento.
No pós-parto.
Após o parto — seja normal ou cesárea — o cuidado continua sendo essencial. A fisioterapia pélvica pode acelerar a cicatrização, prevenir complicações, tratar perdas urinárias e ajudar no retorno à vida sexual.
“Muitas mulheres acreditam que perder urina depois do parto é normal, mas não é. Sempre existe tratamento”, explica Marieli. Outro ponto importante é a recuperação da diástase abdominal (quando os músculos da barriga se afastam), que pode ser acompanhada com o fortalecimento do assoalho pélvico.
Mais do que saúde física.
Além dos benefícios para o corpo, a fisioterapia pélvica também envolve acolhimento. Muitas mulheres chegam com medos, tabus ou traumas ligados à intimidade, e encontrar um espaço de escuta e respeito faz toda a diferença.
“Cuidar do assoalho pélvico é cuidar da saúde, da autoestima e da qualidade de vida. Cada mulher tem seu tempo, mas o importante é não deixar de olhar para si mesma”, conclui Marieli.
Quer saber mais? Clique no link abaixo e assista à entrevista na íntegra realizada com a fisioterapeuta pélvica Marieli Graciano.