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Família

Fratura na infância: a importância do tratamento ortopédico especializado

Para melhor recuperação da lesão ou fratura é importante que a criança receba atendimento do profissional especializado.

Tubarão-SC, 30/10/2021 19h47 | Atualizada em 05/11/2021 23h18 | Por: Redação | Fonte: Ortopedista Adulto e Infantil, doutor Giovanni Benedet Camisão
Dr. Giovanni comenta que as fraturas de maior proporção no consultório são as dos membros superiores.

Brincadeiras de crianças são cercadas de aventuras, seja subindo em árvores, correndo, andando de bicicleta ou pulando uma janela. O que sabemos é que essas travessuras podem terminar com uma fratura. Alguns pais acabam preferindo deixar seus filhos “trancados” dentro de casa para tentar evitar o trauma, mas nem sempre pode acontecer do lado de fora e, sim, através de um simples tombo dentro do quarto. O mais importante é supervisionar e orientar, mas não proibir as brincadeiras.

De acordo com o ortopedista e traumatologista pediátrico, doutor Giovanni Benedet Camisão, a criança precisa aprender a se defender das quedas e isso só vai acontecer no dia a dia. Entretanto, quando ocorrer a fratura é importante procurar por atendimento especializado para melhor recuperação da lesão ou trauma. O ortopedista explica que os pacientes mirins têm uma reabilitação rápida, devido às características anatômicas dos ossos nessa faixa etária.

Para os pais identificarem se o filho sofreu uma fratura, é importante estarem atentos a alguns sintomas, como dor intensa, dificuldade de se mexer, inchaço e manchas roxas. Há casos em que é possível observar uma deformidade no local, como um desvio no osso que antes era reto.

Dr. Giovanni comenta que as fraturas de maior proporção no consultório são as dos membros superiores, como clavícula, punho, antebraço e cotovelo. Entretanto, também podem acontecer nos membros inferiores, como fêmur, joelho e tornozelo.

Dos dois até os oito anos, é muito comum acontecer as fraturas “em galho verde”, isso significa que não houve quebra do osso por completo, pois são mais flexíveis e resistentes do que o osso do adulto.

O ortopedista explica que existem casos de fraturas em crianças que têm indicação cirúrgica, mas são aquelas onde o desvio ou fragmentação óssea é muito expressivo.

Para a Shislene da Silva Teixeira, mãe de Igor Teixeira, ver o seu filho com uma fratura grave não é fácil. Ela conta que, em 2013, ele sofreu uma queda de bicicleta durante as férias de verão. Na época, Igor tinha seis anos e, em uma saída para brincar com os amigos, o menino caiu e fraturou o fêmur do lado direito. A mãe conta que foram dias de internação com o acompanhamento do ortopedista, doutor Giovanni, onde foi realizada a imobilização por tração (força externa e contínua aplicada sobre um segmento corporal, na tentativa de neutralizar a contratibilidade muscular).

Depois de 22 dias, foi colocado o gesso e o tratamento continuou em casa, onde Igor ficou imobilizado na cama por dois meses e meio. Durante este período, foram realizadas algumas visitas ao consultório para acompanhamento com radiografias. Quando o ortopedista constatou a consolidação óssea, retirou-se o gesso e deu continuidade na reabilitação com fisioterapia.

Atualmente, Igor está com 14 anos e é uma criança saudável, sem nenhuma limitação. “Todo o tratamento não foi fácil. Tivemos que adaptar o quarto, o carro para locomoção até o consultório, mas todo o esforço valeu a pena. Hoje, o meu filho está andando e não ficou com nenhuma diferença entre as pernas. Tudo isso foi possível pelo comprometimento do médico Giovanni e da nossa família, que deu todo o suporte”, diz Shislene.

O ortopedista sugere aos pais que, sempre que possível, estejam ao lado do seu filho enquanto ele ainda não souber se movimentar bem e que oriente sobre os perigos, como a prática de esportes sem equipamento de segurança. Em casa, retire tapetes derrapantes, fique de olho quando a criança subir ou descer escadas, cadeiras, sofás e camas. Dar preferência a brincadeiras em locais que tenham grama, areia ou piso que amorteça eventuais impactos.

 

Observação: as fotos têm a autorização da mãe Shislene da Silva Teixeira.

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