Em tempos onde as pessoas estão se olhando e se exibindo mais nas câmeras por causa das redes sociais, um rosto perfeito é o sonho de consumo de muitas pessoas. Fazer sumir aquela papada, o bigode chinês, a ruguinha que teima em aparecer e a pontinha do nariz que aponta para baixo quando sorri. Estes são alguns dos desejos de quem realiza a harmonização facial. No entanto, quando mal indicada, exagerada ou mesmo errada, pode prejudicar para sempre a pessoa. A escolha do profissional e o bom entendimento entre este e o paciente é fundamental para um resultado de sucesso.

De acordo com a cirurgiã plástica Júlia Soares, quando a mulher ou o homem chega ao consultório com intuito de fazer procedimentos estéticos na face, avalia-se desde a parte óssea até a pele, é investigado se existe alguma alergia, doenças pré-existentes e só depois é indicado o método mais apropriado para o paciente.

Existe um conjunto de técnicas que envolvem a harmonização facial. Elas podem envolver procedimentos invasivos, como lifting, rinoplastia e próteses faciais. Mas também os processos não cirúrgicos, como aplicação de ácido hialurônico, botox, peelings, bioestimuladores e microagulhamento.

A doutora esclarece que os pacientes que não querem passar pelos procedimentos invasivos têm a possibilidade de preencher perto da região óssea e partes moles (boca e sulcos) com produtos específicos. Entretanto, é importante salientar que o fato de não realizar a cirurgia não implica em riscos. O ácido hialurônico é o mais utilizado por vários profissionais, porém, existem complicações que podem ocorrer, como alergia a um dos componentes da fórmula, inchaço na região aplicada, oclusão arterial provocada quando o gel é injetado inadvertidamente e entra em contato com o vaso sanguíneo (injeção intravascular), gerando o entupimento e posterior necrose.

Toda técnica utilizada para realização da harmonização facial requer qualificação do profissional, local adequado e, principalmente, saber tratar suas possíveis complicações.

Doutora Júlia esclarece que, em casos de cirurgias de mandíbula e maxila para tratamento cirúrgico ortognático, somente médicos e o bucomaxilofacial podem realizar, pois, às vezes, será necessário avançar ou retrair a face, auxiliando na harmonia da mesma.

Outra questão que é importante ressaltar são as técnicas de harmonização facial realizadas em pessoas “maduras”, por terem mais flacidez. A cirurgiã plástica explica que se costuma indicar primeiro a cirurgia de rejuvenescimento facial, pois, se for usar somente produtos estéticos, poderá ir causando descaracterização da face e com resultados pobres. Em alguns casos, após o procedimento cirúrgico, poderá usá-los para finalizar, causando um melhor resultado.

A estética é importante na vida das pessoas, faz parte do bem-estar, do olhar-se no espelho e gostar do que está vendo. Mas, antes de escolher um profissional para fazer a mudança, verifique se o mesmo está apto para a realização.