O colesterol quando não controlado pode levar ao acumulo nas artérias e obstruir a passagem de sangue, causando infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico.
O colesterol é uma gordura naturalmente encontrada no corpo. Mantém as células em funcionamento, participa da produção de hormônios e da bile, bem como da metabolização de vitaminas. Entretanto, quando não controlado, pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Ao realizar o exame para avaliar o índice de colesterol, é possível observar várias denominações. O importante é atentar-se aos valores do LDL (lipoproteína de baixa densidade), que é o colesterol ruim e o HDL (lipoproteína de alta densidade), que é o colesterol bom. Ambos têm uma ação relevante no corpo. Um pode prejudicar, enquanto o outro pode proteger de doenças do coração.
O colesterol LDL é o responsável em se depositar na parede das artérias sanguíneas, vasos por onde circula o sangue, formando placas, chamadas de ateroma. Essas vão se acumulando e obstruindo a passagem de sangue, causando infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico.
O colesterol HDL tem a função de proteger o corpo, pois ajuda a carregar o colesterol do ateroma dentro das artérias, e transportá-lo de volta ao fígado para ser eliminado.
De acordo com a endocrinologista, doutora Beatriz Camisão Schwinden, o excesso de colesterol ocorre por fatores genéticos e alimentares, onde cerca de 70% do colesterol é produzido pelo fígado e os 30% vêm da dieta. Mas é importante que as pessoas saibam que na maioria dos casos o excesso de colesterol não dá sinais ou sintomas, por isso, é importante fazer exames de rotina, especialmente se você tem casos de familiares com colesterol alto.
A doutora acrescenta que o diagnóstico depende da dosagem de colesterol no sangue, porém, a interpretação médica dos resultados é fundamental. Isso porque os níveis adequados para cada paciente variam conforme sua genética, história familiar e diversos fatores de risco associados.
A endocrinologista faz um alerta quanto ao tratamento do colesterol. É preciso mudar de vez o estilo de vida, adotar uma dieta pobre em gordura saturada e trans, praticar atividade física regularmente e, em alguns casos, será necessário o uso contínuo de medicamentos, os chamados estatinas, que diminuem a produção do colesterol ruim.