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Medicina

Esteatose hepática: os sinais de uma doença silenciosa que pode atingir seu fígado

Entenda como o acúmulo de gordura no fígado pode afetar sua saúde e saiba quando é hora de buscar ajuda médica.

Tubarão-SC, 25/08/2025 17h07 | Atualizada em 04/09/2025 10h31 | Por: Jornalista Francine Germano de Andrade | Fonte: Médico Imaginologista Dr. Mário Caporal CRM SC 1911 RQE 5841
Segundo o Dr. Mário, o fígado é como um verdadeiro laboratório do corpo, responsável por transformar, armazenar e metabolizar tudo o que ingerimos.

A saúde do fígado, órgão vital responsável por diversas funções essenciais ao nosso organismo, muitas vezes é negligenciada até que surgem sintomas ou complicações mais sérias. Uma dessas condições que vem ganhando atenção é a esteatose hepática, popularmente conhecida como fígado gorduroso. Para esclarecer os detalhes dessa doença, conversamos com o médico imaginologista da Eco Clínica, Dr. Mário Caporal, que explicou de forma clara e acessível os aspectos mais importantes sobre o tema.

O que é o fígado e como a gordura se acumula nele?

Segundo o Dr. Mário, o fígado é como um laboratório do corpo, responsável pelo metabolismo de tudo que ingerimos. Ele armazena vitaminas, produz hormônios e realiza diversas funções essenciais. Dentro do fígado, as células hepáticas — os hepatócitos — podem acumular gordura de forma natural, pois essa gordura serve como energia, que será transformada em glicose para os músculos. No entanto, quando essa gordura se acumula de maneira excessiva, pode indicar um problema, a esteatose hepática.

Entendendo os graus da esteatose hepática

A doença apresenta diferentes fases, classificadas de acordo com a quantidade de gordura depositada no fígado. O grau 1, considerado leve, apresenta até 30% de gordura nas células hepáticas e geralmente não causa sintomas perceptíveis. A partir do grau 2, com 30% a 60% de gordura, podem surgir sintomas como inchaço, desconforto abdominal, gases, dor leve no lado direito do abdômen e indisposição. O grau 3, mais avançado, chega a até 90% de gordura, podendo prejudicar a função hepática, desencadear inflamações, hepatite, fibrose e até cirrose.

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Por que o acúmulo de gordura ocorre?

O Dr. Mário explica que fatores internos (endógenos) e externos (exógenos) contribuem para o desenvolvimento da esteatose. Entre os fatores internos, estão condições como a resistência à insulina e predisposição genética. Os fatores externos incluem hábitos de vida, como alimentação inadequada, consumo excessivo de álcool, sedentarismo, uso de certos medicamentos (como corticoides) e estresse.

A obesidade, especialmente a gordura visceral — aquela acumulada na região abdominal —, desempenha papel fundamental. Essa gordura está relacionada à resistência à insulina, que impede a ação adequada da insulina nas células, levando ao aumento de glicose no sangue e, por consequência, ao depósito de gordura no fígado.

Diagnóstico e importância do acompanhamento médico

A detecção precoce da esteatose hepática é fundamental. O diagnóstico inicia-se com exames laboratoriais, que avaliam níveis de colesterol ruim, triglicerídeos, glicose e enzimas hepáticas. Além disso, a ultrassonografia é uma ferramenta eficiente para verificar a quantidade de gordura no fígado e determinar o grau da doença. Dr. Mário destaca que, ao realizar o exame, o médico pode orientar o paciente quanto às mudanças necessárias no estilo de vida e o tratamento adequado.

Tratamento e prevenção

O tratamento da esteatose hepática depende do grau da doença e das condições de saúde do paciente. Em geral, envolve mudanças no estilo de vida, como uma alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, redução do consumo de álcool e medicamentos, quando indicado pelo médico. Em muitos casos, a melhora na alimentação e na rotina de atividades físicas consegue reduzir o grau da doença, até mesmo revertendo quadros mais leves.

A prevenção deve começar na infância.

Desde cedo, os pais têm papel fundamental em ensinar as crianças a adotarem hábitos alimentares saudáveis, com muitas frutas, verduras e legumes, evitando alimentos processados, embutidos, refrigerantes, álcool, fast food e outros produtos ricos em gordura e açúcar. Estimular a prática de exercícios e uma rotina de sono adequada também é essencial para manter o fígado saudável.

A importância de cuidar do fígado

Segundo o Dr. Mário, o fígado resiste até certo ponto, mas o acúmulo excessivo de gordura pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado. Portanto, a prevenção e o tratamento precoce são essenciais para evitar essas consequências. Cuidar da alimentação, praticar atividade física, evitar o estresse e manter uma rotina de sono equilibrada são passos simples, porém fundamentais, para garantir um fígado saudável e uma melhor qualidade de vida.

A esteatose hepática é uma doença silenciosa, muitas vezes sem sintomas nos seus estágios iniciais, mas que pode evoluir para quadros mais graves se não for tratada. A conscientização sobre os fatores de risco, a realização de exames preventivos e a adoção de hábitos saudáveis são as melhores estratégias para preservar a saúde do fígado e evitar complicações futuras. Afinal, como ressaltou o Dr. Mário, o fígado é o laboratório do nosso corpo e merece toda atenção e cuidado.

 

Quer saber mais? Clique no vídeo abaixo e assista à entrevista na íntegra realizada com o médico imaginologista Dr. Mário Caporal.

 

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