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Medicina

Hiperplasia Benigna da Próstata: homens acima de 50 anos estão mais propensos a desenvolver essa condição clínica

O especialista explica que existem vários tipos de tratamento para HBP. Entre os procedimentos cirúrgicos existe uma nova técnica, o HoLEP, um procedimento menos agressivo e com uma recuperação mais rápida.

Tubarão-SC, 22/04/2022 16h58 | Atualizada em 22/04/2022 17h17 | Por: Redação | Fonte: Urologista, doutor Francisco Ribas Marconato
Estima-se em 30% a chance de um homem, em algum momento da sua vida, necessitar tratar os sintomas decorrentes da HBP.

Existe um tabu quando se trata da saúde do homem, principalmente se o assunto é o exame de próstata. Porém, é importante alertar a importância de fazer uma avaliação anual após a quinta década de vida, para acompanhar se está tudo bem com a próstata e prevenir o desenvolvimento de doenças.

Com o passar do tempo, o corpo como um todo sofre transformações, e uma delas, no homem, é o crescimento benigno da próstata. Com isso, o indivíduo pode vir a desenvolver a Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP) que se trata de uma condição clínica frequente e comum nos homens a partir dos 50 anos.

De acordo com o urologista, doutor Francisco Ribas Marconato, como a HBP é um processo relacionado ao envelhecimento masculino, estima-se que cerca de 50% dos pacientes, acima de 50 anos, terão essa condição clínica. Já aos 90 anos a média será de aproximadamente 80% dos homens.

A causa não é totalmente conhecida, porém além do envelhecimento, o histórico familiar e fatores hormonais podem estar relacionados. Ainda existem outros indícios de associação ao HBP, dentre eles, a diabetes, hipertensão arterial, obesidade e baixos níveis do HDL (colesterol “bom”).

O urologista acrescenta que muitos homens têm o diagnóstico da doença, mas não apresentam sintomas relacionados a essa condição clínica. Entretanto, alguns casos podem desenvolver algumas sintomatologias, como de jato urinário fraco ou interrompido, esvaziamento incompleto da bexiga, gotejamento terminal, aumento da freqüência urinária, dificuldade em regular a vontade de urinar (urgência) e despertar do sono para urinar.

Estima-se em 30% a chance de um homem, em algum momento da sua vida, necessitar tratar os sintomas decorrentes da Hiperplasia Benigna da Próstata e aproximadamente 10% de serem submetidos a um tratamento cirúrgico.

Quando o paciente chega ao consultório com os sintomas relacionados à HBP, o urologista realizará o exame físico, que consiste no toque retal na primeira avaliação, e solicitará exames laboratoriais, como de urina, análise da função renal, PSA, glicemia, colesterol e triglicerídeos. O especialista diz que algum exame de imagem pode ser solicitado, como o ultrassom.

Conheça as formas de tratamento para hiperplasia benigna da próstata

O doutor Francisco, explica que homens assintomáticos ou pouco sintomáticos, desde que não esteja causando repercussão negativa na função renal ou na bexiga, não necessitam de tratamento. Porém, na presença de sintomas, sejam obstrutivos ou com dificuldade no armazenamento da urina, alguns medicamentos podem ser utilizados. Entre eles, os chamados, alfa-bloqueadores, que relaxam a glândula e facilitam o esvaziamento vesical, bem como medicamentos que inibem o crescimento da próstata e aqueles que melhoram a capacidade de armazenamento da urina pela bexiga.

A escolha vai depender da avaliação individualizada de cada paciente, pois o indivíduo pode fazer uso de outras medicações (para tratamento de outras doenças) o que impossibilitaria essas associações. Vale acrescentar, que o tratamento farmacológico não é curativo, tanto que parando de usar, os sintomas retornam.

Para os homens que não querem fazer uso de medicamento contínuo ou não obtiveram resultado satisfatório no tratamento clínico, indica-se procedimento cirúrgico.

Conheça os tipos de cirurgias

O especialista explica que existem várias técnicas cirúrgicas, porém umas mais invasivas que outras. Entre elas, temos a Ressecção Transuretral da Próstata (RTU) e para próstatas grandes, (as maiores de 80 gramas) a Prostatectomia aberta. “Como a técnica RTU não atinge uma ressecção completa nos casos das próstatas grandes e a Prostatectomia é mais invasiva, ambas com um risco maior de sangramento no pós-operatório, um método menos agressivo e mais eficaz vem sendo indicado, o HoLEP (Enucleação da Próstata com Holmuim Laser)”, diz.

O HoLEP é um procedimento que vem ganhando maior destaque, com nível 1 de evidência científica pelas associações americanas e européias de urologia. Essa técnica utiliza um laser de alta potência para a enucleação da próstata, permitindo uma cirurgia menos agressiva, com menos sangramento e com uma recuperação mais rápida quando comparada aos outros procedimentos.

A média de internação é de 24 horas, podendo ser uma opção para os pacientes cardiopatas que fazem uso de medicações anticoagulantes.

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Urologista doutor, Francisco Ribas Marconato
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