Todos os dias você observa aquela vermelhidão insistente no rosto e fica incomodada com isso? Saiba que este sintoma pode estar relacionado a uma doença chamada rosácea, pois ela acomete a região central da face. Atinge principalmente as mulheres acima dos 30 anos, com pele clara e história familiar.

De acordo com a dermatologista, doutora Mariana Quirino Tubone, a rosácea é uma doença de caráter inflamatório. Ela explica que a doença é uma hiper-reatividade vascular, onde os vasos ficam mais inflamados, causando inicialmente vermelhidão e aparecem vasos finos, papilas e pústulas que lembram a acne.

Embora as causas da rosácea ainda não estejam totalmente esclarecidas, ela é conhecida por ser uma doença multifatorial. São muitos os gatilhos, entre eles, estão os alimentos (carnes, queijos e iogurtes, até bebidas alcoólicas), quadro de alterações emocionais (ansiedade e estresse), excesso de maquiagem e o vapor quente que vem direto no rosto, por exemplo, chá, sopa e sauna.

É importante ressaltar que na rosácea também pode ter a participação de um ácaro da flora normal da pele, conhecido por “Demodex Folliculorum”, entretanto a causa principal é a hiper-reatividade vascular.

A piora da doença pode vir acontecer, devido a mudança brusca da temperatura, tanto para o calor ou para o frio intenso, e até mesmo os ventos fortes, ambientes muito úmidos, abafados e poluídos podem ser contribuintes.

No verão, por exemplo, a exposição solar pode agravar, por isso, a doutora Mariana recomenda o uso de protetor, de preferência os de cor, pois disfarça a vermelhidão, previne a pele contra as radiações do sol e da luz visível, que muitas vezes é esquecida. Ela é emitida tanto pelo os raios solares, como por televisão, celular, tela do computador e até as lâmpadas fluorescentes.

A rosácea pode ser classificada por graus, desde leve à grave. O leve é aquele onde tem apenas a vermelhidão, calor nesta região e a pele mais áspera, já os mais avançados apresentam processo inflamatório, aparecendo bolinhas brancas, tipo acne com pus.

O tratamento é realizado conforme o grau que a doença está e sempre de forma individualizada para cada paciente. “Em casos mais inflamatórios, adotamos o uso de medicamentos, como antibióticos orais, às vezes, no grau forte, o Roacutan”, diz. Quando a doença está mais leve, além dos tratamentos em casa com cremes, sabonete, protetor solar, é realizada no consultório a luz pulsada. Considerada atualmente um dos melhores tratamentos, ela age tanto na hiper-reatividade vascular, como no “Demodex Folliculorum”, na questão da inflamação.

Doutora Mariana orienta para as pessoas que a qualquer sintoma que tiverem procurarem um bom dermatologista. “Não se automediquem e não usem produtos e medicamentos receitados para a amiga ou vizinha, pois o tratamento é singular. Garanta uma pele bonita e saudável, realizando o procedimento adequando”, finaliza.