Para se ter uma vida sexual satisfatória é preciso estar com a saúde ginecológica em dia. Muitas mulheres têm a sua autoestima afetada por algum problema na saúde íntima, seja por mau cheiro na vagina, dor e desconforto na relação sexual. Mesmo estando com essas doenças sentem vergonha de procurar ajuda médica e quando procuram, não conseguem conversar abertamente com o médico ginecologista. Acabam apenas por falar da doença e não abordam durante a consulta sobre a sexualidade feminina.

Apesar da sua importância, o tema ainda é comumente visto como tabu. Porém, falar sobre saúde sexual é necessário por se tratar de um assunto que faz parte da saúde feminina em geral. Por isso deve ser discutido tanto em conversas dentro do consultório, quanto fora dele com seu parceiro e/ou família.

Segundo a sexóloga Gabriela Dias, como muitas mulheres não tiveram durante sua adolescência educação sexual, acabam achando que a sexualidade não é algo importante ou que estão “cansadas” de fazer sexo para agradar ou dar prazer ao outro. Mas a sexóloga acrescenta que o sexo pode melhorar a qualidade de vida e a saúde como um todo. “Quando a mulher sente o orgasmo, ela libera vários hormônios que fazem bem para o corpo, entre eles estão a dopamina, substância ligada as áreas cerebrais de motivação e recompensa. A sensação de prazer e satisfação traz energia ao organismo. Além dela, também há liberação de ocitocina, responsável pelo relaxamento, e redução dos níveis de cortisol, conhecido pelo hormônio do estresse e o hormônio da endorfina, responsável pela sensação de prazer”, diz.

Outra questão muito relevante, mas na maioria das vezes é ignorada, é a psicológica. O fortalecimento do amor-próprio e do autoconhecimento é indispensável para a autoestima e conseqüentemente para a saúde sexual.

A recomendação da Gabriela é que a mulher não deixe de prestar atenção na saúde íntima e sempre cuide da autoestima. Na dúvida de como apimentar a relação sexual com o seu parceiro, ela recomenda, procurar por ajuda e consultar com uma sexóloga, onde a especialista vai escutar e orientar a mulher e/ou o casal.