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Medicina

Vacina contra o HPV pode reduzir as chances de a mulher desenvolver o câncer de colo de útero

A especialista orienta que toda mulher até 45 anos deve fazer, porque ela previne oito tipos de câncer.

Tubarão-SC, 05/08/2022 19h30 | Atualizada em 19/08/2022 21h21 | Por: Redação | Fonte: Ginecologista e Obstetra doutora Graziela Gonçalves Porto CRM 9873|RQE 5715
O câncer de colo de útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do HPV.

A vacinação contra o HPV (Papilomavírus Humano) pode reduzir significativamente o risco deste tipo de câncer. Ela imuniza contra quatro tipos do vírus: dois (tipos 16 e 18) de alto risco para o desenvolvimento de câncer, principalmente o câncer de colo do útero, e dois (tipos 6 e 11) que são causadores de verrugas genitais benignas, como o Condiloma Acuminado.

Segundo a ginecologista e obstetra Graziela Gonçalves Porto, as pessoas têm a falsa idéia que ela é só para adolescentes. Isso se acontece porque em 2014 ela foi liberada pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para meninas de 9 a 13 anos. Atualmente, pode ser realizada em meninas de 9 a 14 anos. No caso dos meninos, a vacina é realizada de 11 a 14 anos. Em 2021, na pandemia, ela também foi liberada pelo SUS para mulheres imunossuprimidas até os 45 anos.

A ginecologista acrescenta que esta vacina pode ser realizada por qualquer mulher em clínicas particulares. Ela orienta que toda mulher até 45 anos deve fazer, porque ela previne oito tipos de câncer.

Muitas mães se questionam porque vacinar as meninas, uma vez que o HPV é transmitido através da relação sexual. Entretanto, é importante destacar que a doença pode ser transmitida pelo contato, ou seja, através de uma lingerie compartilhada (biquínis, calcinhas, cuecas).

A importância da prevenção a partir dos nove anos se dá pela resposta imune da criança e do adolescente, que é melhor. São apenas duas doses até os 15 anos e três doses para depois dessa idade. Feita a imunização, não será mais preciso fazer.

A doutora Graziela explica que o câncer de colo de útero é o terceiro mais incidente e o quarto que mais mata a mulher no Brasil. “São 16 mil casos por ano e 7 mil óbitos. Esse câncer, nós conseguimos prevenir com a realização do exame preventivo (Papanicolau)”, diz.

Por meio desse exame, é possível detectar as lesões precursoras do câncer, que são divididas em: ASCUS, HPV, LSIL, HSIL, Carcinoma In Situ e o próprio câncer. Também existe outro exame chamado de Captura Híbrida, que avalia se o paciente tem o HPV que causa o câncer, que é o do grupo 2.

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Conhecendo as lesões no colo do útero

As lesões em ASCUS são células atípicas de significado indeterminado, mas com origem provavelmente benigna. É uma alteração bastante comum, pode significar infecção por HPV, alguma outra infecção vaginal, alteração hormonal por menopausa e entre outros.

O HPV (Papilomavírus Humano) pode provocar formação de verrugas na pele. Ele engloba mais de duzentos tipos diferentes de vírus, que podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos.

O LSIL são as lesões intraepitelial cervical de baixo grau que pode indicar uma lesão pré-maligna com baixo risco de ser câncer e que pode ser causada de HPV. Se a amostra for negativa para HPV, é provável que não se transforme em câncer.

O HSIL é uma alteração importante, causada pelo vírus HPV, que pode evoluir para um tumor de colo de útero e que merece uma investigação maior, mas não quer dizer que a paciente vai precisar tirar o útero.

No caso do Carcinoma In situ, é importante verificar no diagnóstico se o câncer invadiu a membrana basal. Ela consiste na parte que faz a divisão entre a camada superficial da pele e das mucosas das camadas mais profundas, nas quais se encontram os vasos sanguíneos e linfáticos. Quando está neste estágio, pode ser que a doença cause metástase, dependendo de cada caso, pode ser necessário tratamento com cirurgia, radioterapia ou quimioterapia.

O câncer de colo de útero é causado pela infecção persistente por alguns tipos do HPV.

Sintomas do câncer

Doutora Graziela conta que o câncer de colo de útero geralmente é assintomático. Somente em casos nos quais esteja mais avançado é possível a mulher sentir dor, desenvolver uma massa na vagina e ter sangramento quando tiver relação sexual. “É uma doença lenta, podendo levar de 15 a 20 anos para se desenvolver. As mulheres neste período têm essas lesões precursoras. Por isso, é importante fazer o exame preventivo uma vez por ano”, diz.

O médico ginecologista deve ser procurado imediatamente ao sentir um desses sintomas e também ao ter seu ciclo menstrual intenso, descarga capilar, sentir líquido saindo das mamas ou apresentar algum tipo de nódulo.

Tipo de Tratamento

O tipo de tratamento a ser realizado vai depender do estágio que se encontra o câncer. Quando está na fase inicial, pode se entrar com procedimento cirúrgico, removendo todo o câncer. Para casos de estágio avançado, pode ser indicado primeiro fazer radioterapia, diretamente no colo do útero, e depois complementado com a quimioterapia, ou, às vezes, vem a cirurgia em primeiro lugar. É importante destacar que cada caso deve ser avaliado e tratado de forma individualizada, tanto pelo médico ginecologista quanto o oncologista.

O índice de cura quando a paciente descobre no estágio inicial, ou seja, doença precursora, é de 100%%. Agora em casos onde a lesão é de câncer, mas nos estágios iniciais reduz para 80 a 90%.

A recomendação da doutora Graziela é que as mulheres cuidem da sua saúde intima, visitando o ginecologista anualmente, procurando por qualidade de vida, adotando uma alimentação adequada, praticando atividade física, tendo tempo de qualidade com a família e evitando situações que causem o estresse.

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A doutora Graziela conta que o câncer de colo de útero geralmente é assintomático.
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